…ser uma merda.
O primeiro post de um blog destinado à poesias quase sempre é uma merda. Tentamos ser diferentes e fazer o que ninguém ousou fazer – tentamos – e, na maioria das vezes, não conseguimos.
Imagino um poeta da internet pegando o melhor poema do caderninho e digitando num blog – nada contra – , mas eu não farei isso, porque acredito que ninguém está interessado em saber das minhas paixões e outros sentimentos, ou qualquer outra coisa que faça parte da minha vida. Poucos teriam sensibilidade e também entenderiam de diferentes formas, nenhuma que se adequasse ao real sentido do poema.
Ser poeta – poetiza, poeta é tudo a mesma coisa – é, na minha nada importante opinião, saber escrever e conseguir transpor seus sentimentos. Todos os poetas de renome sabiam e sabem fazer isso. É tão simples.
Voltando a falar sobre este primeiro post, que não é necessariamente uma poesia: tentei escrever algo digno, mas meu vocabulário cabe num verso de uma página só. Quis fazer algo distinto, mas é impossível porque todas as pessoas são iguais e aquelas que consideramos diferentes apenas descobriram uma maneira diferente de ser igual a todo o mundo.
Verônica de Azevedo